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Gonet assume nesta segunda, com o objetivo de montar equipe para reconciliar o MP e iniciar um novo capítulo da gestão Aras
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Acontece nesta segunda-feira (18) a posse do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
- Por Camilla Ribeiro
- 18/12/2023 13h00 - Atualizado há 10 meses
O recém-empossado procurador-geral da República, Paulo Gonet, assume o cargo nesta segunda-feira (18) e designa novos membros para sua equipe, buscando pacificar e inaugurar uma nova fase no Ministério Público, encerrando os conflitos entre grupos.
Alexandre Feitosa vai ser seu vice-procurador-geral Eleitoral, e Raquel Branquinho liderará a Escola Superior do Ministério Público da União.
Gonet já havia escolhido também o seu subprocurador-geral na Procuradoria-Geral da República.
Hindemburgo Chateaubriand será o vice-procurador-geral, membro de sua confiança e seu amigo pessoal.
Hindemburgo é considerado um procurador com características semelhantes a de Gonet: garantista, conciliador e que buscará uma PGR sem operações pirotécnicas, porém firme na proteção à democracia e no combate a corrupção.
Alexandre Feitosa e Raquel Branquinho são dois profissionais que não estiveram envolvidos em operações que foram alvo de críticas tanto dentro da Procuradoria-Geral quanto ao Congresso, como é o caso da Lava Jato.
Ambos foram escolhidos na mesma abordagem definida por Gonet, buscando trazer equilíbrio e serenidade para a PGR, visando evitar uma divisão que prejudique os trabalhos do Ministério Público.
Além disso, o novo procurador-geral também já escolheu sua secretária-geral.
Será mantida a atual, que exerceu suas funções durante o período de Augusto Aras, a subprocuradora Eliana Torelly.
Lula escolheu Paulo Gonet, tendo 65 votos de senadores apoiando sua indicação pelo presidente da República.
Ademais, contou com a ajuda dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do STF, e também de outros integrantes da Suprema Corte.
Para outros procuradores que eram opositores a Augusto Aras, o nome de Gonet também foi bem recebido.
De acordo com a avaliação de integrantes da Associação Nacional de Procuradores da República, o recém-nomeado PGR se dedicará para unificar a categoria, o que é considerado como primordial para fortalecer e aprimorar a imagem do Ministério Público da União.
No período em que Augusto Aras liderou a PGR durante o mandato do ex-presidente Bolsonaro, o Ministério Público da União enfrentou conflitos internos.
Aras optou por encerrar com a Força Tarefa da Lava Jato, isolando os procuradores envolvidos e aqueles que a apoiaram nos últimos anos.
Isso gerou um período de turbulência dentro da PGR.
Conforme um procurador, Augusto Aras instaurou um momento de perseguição interna do Ministério Público.